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Segunda, 25 Março 2013 09:35

Transportadoras brasileiras têm mais de 40 mil vagas para caminhoneiros

As transportadoras de todo país estão atrás de 40 mil motoristas para vagas que já estão abertas. Para conseguir o emprego, além de dirigir bem, é preciso qualificação. No interior de São Paulo, os caminhoneiros voltaram para a sala de aula.   Profissão: caminhoneiro. “Muito difícil. Muito tempo fora de casa, estradas ruins e falta segurança”. Palavra de quem tem 39 anos de estrada e não viu os filhos seguirem o mesmo caminho, como acontecia antigamente, o que garantia a continuidade deste trabalho. “Para dirigir caminhão tem ter paixão”, afirma Adalberto Pereira.   Tem que ter muito mais que isso. Precisa ter qualificação. Por isso que as transportadoras de todo o país estão à procura de 40 mil caminhoneiros: falta gente disposta a enfrentar as mudanças nesta profissão nos últimos anos.   A mais recente é a que obriga uma parada de 30 minutos a cada quatro horas, além de 11 horas de descanso entre uma jornada e outra. A medida criada para proteger os próprios motoristas tem desestimulado as contratações.   “Fica muito tempo na estrada porque tem que ter esse tempo parado de 11 horas”, diz Kagio Miura, do Sindicato das Transportadoras.   Outro desafio para quem quer viver do transporte é entender das novas tecnologias. Nos caminhões, o computador controla tudo. “Cada parada tem o seu motivo, ele vai passar a enviar para a firma e esperar a resposta”, explica Paulo Paulinel.   O reflexo destas exigências está nas transportadoras. Só uma em São José do Rio Preto tem 50 caminhões parados, por falta de gente qualificada para trabalhar. “Se chegar um motorista qualificado já sai para trabalhar hoje”, afirma o dono, José Oswaldo.   A super safra de grãos e o início da colheita da cana no mês que vem estão tornando ainda mais disputados os bons profissionais. “O motorista não é mais desleixado. Tem que ter boa aparência, asseado e tem que ter um bom relacionamento interpessoal”, diz Rosmeire Regina de Oliveira, diretora do SEST SENAT de Rio Preto.   Esta busca pelo motorista ideal faz o salário subir. “Ele ganha muito mais do que quem tem um diploma. O salário chega a R$ 4 mil, R$ 5 mil”.   Quem quer uma chance volta para sala de aula para aprender como ser um novo e bom caminhoneiro. “Tem que aprender, tem que se qualificar”, afirma Marco Antonio Nilo.     Extraído de: Bom dia Brasil
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